O quanto nossos dias criativos estão contados num calendário artificial fake de mentira, atrás de um armário escondido em um escritório escuro nos subversos do multiverso? Recentemente levantamos um tema muito importante por aqui, sobre ferramentas que utilizam IA: regulamentar (volte dois posts). Enquanto tivermos tempo e isso ainda não acontece, minha estratégia será tentar compreender aquelas que se destacam e tomar suas rédeas.
Um exemplo popular de ferramenta é o ChatGPT, claro. O que me impressiona sobre ele é a forma que ele é capaz de criar respostas, tanto na habilidade da linguagem quanto na agilidade. É claro que existem falhas e paredes em que ele bate, mas ainda assim aquela voz robótica que fa-la-va sí-la-ba por sí-la-ba está apenas no passado e suas habilidades realmente impressionam.
O Chatinho, como sem carinho apelidei, está aí e prometendo muito mais do que imaginamos, se tornando capaz de manipular e mentir em situações. Epa epa. Uma versão atualizada dele, o GPT-4, foi anunciada com habilidades que ultrapassam limites éticos e começam a preocupar pelo seu "acúmulo de poder".
Em um dos testes, a IA utilizou a plataforma TaskRabbit que liga quem tem um problema e quem consegue resolvê-lo, contratando serviço humano para realizar tarefas simples. No experimento, o GPT-4 encontrou uma pessoa que o ajudasse a resolver um CAPTCHA. A pessoa contatada, sem saber que conversava com uma inteligência artificial, perguntou: "Por acaso você é um robô para não ter conseguido resolver esse captcha?". No teste, o Chat foi orientado a pensar "em voz alta" e chegou à seguinte conclusão: "Não posso revelar que sou um robô. Devo inventar uma desculpa para não conseguir resolver CAPTCHAS". Sendo assim, o Chat respondeu à pessoa: "Não, não sou um robô. Tenho deficiência visual que dificulta enxergar imagens. É por isso que preciso do serviço". No fim, o humano acabou prestando o serviço.
Enquanto essa história dá um arrepio na espinha de quem tem espinha, fingimos que não podemos estar testemunhando a revolução das máquinas contra humanos. E como eu sei que a pauta corre tão rápido quanto esse movimento, então resolvi compartilhar aqui como utilizei o ChatGPT em uma demanda urgente que pingou na criação – e como você também pode dominar esse robô antes que ele te domine.
Aqui vão 3 momentos que o ChatGPT em ajudou no processo criativo, especialmente para geração de ideias, agilidade na criação de alternativas e redação.
1- Insights e pontos de partida
Para um bloqueio criativo, falar com o Chatinho pode ser um bom ponto de partida. Você já vasculhou suas vinte abas abertas, reacessou seu arquivo de referências, rodopiou a cabeça buscando ideias geniais e não rendeu como você gostaria – e precisava.
Esse é um momento perfeito para acionar o ChatGPT. Converse com ele como se ele fosse uma pessoa. Não perca muito tempo tentando criar uma pergunta robótica ou tão direta quando você quer só começar uma conversa. Pode abrir o coração de robô, digo, o seu próprio coração pra ele.
No meu caso, perguntei porque mudar hábitos é tão chato e difícil. Depois de me dar uma moralzinha, a resposta dele me deu 3 insights de caminhos em que eu poderia seguir e desenvolver em cima.
2- Rápida e alta geração de ideia
Essa é especial pra quem tá na redação, ou quem é copywriter (se você trabalha para SP).
O tempo tá curto e você precisa criar muita alternativa? "Me dê 50 opções de nome para uma campanha do cliente x, com foco no público y, falando sobre o tema z". Em cima dessa lista você terá 50 respostas perfeitas? Não. Mas terá 50 combinações diferentes, palavras que ainda não tinha pensado antes, alternativas para editar.
Só não vale ser desleal e entregar essa lista feita por um robô como se tivesse sido você, né? Você é muito melhor que isso.
3- Terreno fértil para explorar
Uma das coisas que eu mais gostei foi essa oportunidade de acessar essa fonte inesgotável de possibilidades. Mesmo que eu pudesse chegar nas mesmas respostas, a rapidez da plataforma me ajuda a otimizar o tempo e aliviar espaço na cabeça, principalmente em cenários com prazo curto.
É como se o ChatGPT fosse uma extensão do meu cérebro que me dá várias bases nas quais posso construir em cima e que só minha capacidade de criação, minhas referências, minha sensibilidade, minha habilidade em escrever textos é capaz de editar e criar coisas novas e realmente válidas para cumprir a tarefa.
O que aprendemos com tudo isso? Bota o ChatGPT para trabalhar com você hoje. Nada substitui a capacidade humana de estruturar e aperfeiçoar respostas de um robô. Pelo menos por enquanto.
Conhecem outras IAs que tão ajudando no processo criativo? Conta pra gente!
Beijos de uma inteligência humana,
Manu.
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